Uma nova espécie do gênero Scleroderma e
outras duas do gênero Morganella foram
descritas recentemente. Elas foram coletadas na Reserva Ducke e deverão compor
o Guia de Fungos Macroscópicos da Amazônia Central.
Scleroderma minutispora encontrada
na Amazônia foi nomeada por causa dos seus pequenos esporos.
Fungos são organismos surpreendentes e imprescindíveis
para o funcionamento dos ecossistemas terrestres, sendo responsáveis pela
decomposição de matéria orgânica e pela reciclagem de nutrientes em florestas
do mundo todo. Na Amazônia eles são ainda pouco conhecidos, embora a
importância ecológica seja imensa. Para reduzir essa carência no conhecimento
científico é necessário coletar não apenas em diversos locais, mas também em
vários momentos no tempo, pois a maior parte dos corpos de frutificação são
efêmeros e sazonais.
As novas espécies de fungos gasteróides foram
descobertas na Reserva Ducke por Ricardo Braga Neto que
está trabalhando em parceria com especialistas em taxonomia em um Guia de Fungos Macroscópicos da Amazônia Central.
O guia fará parte da série de guias publicados pelo Programa de Pesquisa em
Biodiversidade (PPBio) que já tem volumes sobre sapos, lagartos, samambaias e
ervas da ordem Zingiberales.
Morganella rimosa foi
nomeada devido à superfície do perídio repleta de rachaduras
Os trabalhos foram publicados em parceria com o
pesquisador Iuri Baseia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e saíram recentemente na
revista especializada em taxonomia de fungos Mycosphere. “Ainda que ecólogos e
estudantes sejam perfeitamente capazes de realizar boas coletas de fungos, o
trabalho de identificação e descrição das espécies deve ser conduzido por
especialistas, pois a diversidade é enorme e a literatura específica de cada
grupo é um universo à parte” ressalta Braga Neto.
Morganella albostipitata é
uma espécie distinta das demais pelo “pé” branco.
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