segunda-feira, 7 de abril de 2014

Novas espécies de fungos são descobertas na Amazônia

Uma nova espécie do gênero Scleroderma e outras duas do gênero Morganella foram descritas recentemente. Elas foram coletadas na Reserva Ducke e deverão compor o Guia de Fungos Macroscópicos da Amazônia Central.
  
Scleroderma minutispora encontrada na Amazônia foi nomeada por causa dos seus pequenos esporos.











Fungos são organismos surpreendentes e imprescindíveis para o funcionamento dos ecossistemas terrestres, sendo responsáveis pela decomposição de matéria orgânica e pela reciclagem de nutrientes em florestas do mundo todo. Na Amazônia eles são ainda pouco conhecidos, embora a importância ecológica seja imensa. Para reduzir essa carência no conhecimento científico é necessário coletar não apenas em diversos locais, mas também em vários momentos no tempo, pois a maior parte dos corpos de frutificação são efêmeros e sazonais.
As novas espécies de fungos gasteróides foram descobertas na Reserva Ducke por Ricardo Braga Neto que está trabalhando em parceria com especialistas em taxonomia em um Guia de Fungos Macroscópicos da Amazônia Central. O guia fará parte da série de guias publicados pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) que já tem volumes sobre sapos, lagartos, samambaias e ervas da ordem Zingiberales.

 

Morganella rimosa foi nomeada devido à superfície do perídio repleta de rachaduras








Os trabalhos foram publicados em parceria com o pesquisador Iuri Baseia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e saíram recentemente na revista especializada em taxonomia de fungos Mycosphere. “Ainda que ecólogos e estudantes sejam perfeitamente capazes de realizar boas coletas de fungos, o trabalho de identificação e descrição das espécies deve ser conduzido por especialistas, pois a diversidade é enorme e a literatura específica de cada grupo é um universo à parte” ressalta Braga Neto.
 

 Morganella albostipitata é uma espécie distinta das demais pelo “pé” branco.







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