segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cladogramas

Cladograma é uma representação gráfica de uma hipótese sobre o padrão de relações filogenéticas (isto é, de parentesco) de organismos pertencentes a linhagens diferentes. Através deles, busca-se reconstituir os eventos de cladogênese, ou seja a divisão de uma linhagem em duas que ocorreram durante a evolução. Nos cladogramas os nós, os pontos de bifurcação, representam os ancestrais comuns. Os cladogramas são feitos a partir da análise de conjuntos de características (morfológicas ou moleculares), onde certas características compartilhadas ditos derivadas (que se originaram a partir de modificações nas características anteriores de organismos ancestrais), as chamadas 'sinapomorfias', são a base para a classificação em grupos taxonômicos. 


Os diversos cladogramas produzidos pela análise filogenética através da polarização dos 'estados dos caracteres', em 'primitivos' ('plesiomórficos') e 'derivados' ('apomórficos'), das diversas características utilizadas no processo; são então comparados, em geral, utilizando-se a parcimônia (menor número de eventos de cladogênese) como critério de escolha para 'o melhor' cladograma. Podem-se também propor árvores de consenso e mais modernamente adotar-se outros critérios de seleção de cladograma, por exemplo baseados em verossimilhança. 



Através destes cladogramas podemos reconstituir as relações de parentesco entre os seres vivos, permitindo-nos estudar melhor sua evolução, além de propor sistemas de classificação naturais muito menos arbitrários e cientificamente testáveis. Sua aplicação a microorganismos e vírus também nos permite estudar a evolução da patogenicidade e virulência destes seres, possibilitando-nos testar hipóteses e utilizar outros métodos para reconstruir estados ancestrais destes organismos e até de suas moléculas. 

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