quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Notícias sobre Cordados

Anfíbios e répteis ameaçados são achados mortos em aeroporto sul-africano

Cerca de 400 espécimes de répteis e anfíbios, muitos deles ameaçados na natureza, foram encontrados mortos em dois caixotes em um aeroporto de Johanesburgo, na África do Sul, vítimas de desidratação e desnutrição.

Eles eram parte de um carregamento de mais de 1,6 mil animais vindos de um país vizinho, Masagascar, que seguia para lojas de animais exóticos nos Estados Unidos.
Os animais, encontrados no Aeroporto Internacional OR Tambo de Johanesburgo, passaram ao menos cinco dias sem água ou comida, segundo relatos. Os aproximadamente 1,2 mil animais sobreviventes estão sendo tratados no zoológico da cidade.
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Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/anfibios-e-repteis-ameacados-sao-achados-mortos-em-aeroporto-sul-africano,0f66d77091fd3410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html  de 31 de janeiro de 2014.

Diminuição de peixes é problema grave na região do Rio Paraguai

Uma das maiores riquezas do Rio Paraguai é a incrível quantidade e variedade de peixes que vivem em suas águas. Peixes que servem de alimentos a outros animais como aves, répteis e alguns mamíferos. É uma das bases da cadeia alimentar. Sem peixe, a riqueza da fauna pantaneira não existiria.
Para mostrar os peixes do rio, fomos a um afluente do Paraguai, na fazenda Porto São Pedro. O mergulhador e documentarista de natureza Lawrence Wahba acompanha a equipe de reportagem.
“Essa região tem três rios de água muito clara e que possibilita a gente observar esses mesmos peixes que depois, quando vão para o Rio Paraguai, não são observáveis, é difícil de filmá-los porque a visibilidade é muito reduzida”.
O Paraguai é um rio com 270 espécies de peixes, além de outros bichos mais assustadores, mas que nem se incomodam com a presença da equipe. Um cardume de Corimbatás e uma arraia nadando rente ao fundo do rio. Peixinhos coloridos contrastam com a vegetação aquática.
Um problema grave é que toda a riqueza aquática está ameaçada. O dono da fazenda onde mergulhamos, Armando Lacerda, faz um alerta: “existe uma sobrepesca no Rio Paraguai. Costumo dizer que o peixe não está tendo descanso mais, durante o dia você tem uma intensa atividade de pesca turística e durante à noite, os pescadores profissionais. Então, o peixe não tem mais o direito de descansar”.
Muitas pessoas pensam como Armando. Na despensa de um restaurante de Corumbá, MS, encontramos peixes de vários locais, nenhum da região do Pantanal. Tinha filé de pintado de cativeiro, que veio de um criador a 700 quilômetros de distância. Tambaqui, peixe da Amazônia e filé de Pangá, um peixe do sudeste asiático, do Vietnã, do outro lado do mundo.
Hoje em dia, a pesca na região funciona assim: o pescador profissional tem cota de 400 quilos de peixe por mês; o amador, o turista, pode levar dez quilos de peixe e mais um exemplar – seja de que peso for e ainda cinco piranhas. Além disso, todo ano tem tanto tempo de defeso, quando é proibido qualquer pescaria.
Para alguns especialistas, é preciso um novo modelo da fauna aquática pantaneira. O professor Thomaz Lipparelli foi chefe do serviço de recursos pesqueiros de Mato Grosso do Sul durante muito tempo: “Temos aqui um processo de gestão totalmente equivocado e que nós chegamos ao limite da irresponsabilidade”, alerta.
Existe um projeto de lei no Congresso Nacional propondo moratória de cinco anos na pesca do Pantanal para recuperar os estoques. Apresentado em dezembro de 2011, o projeto ainda não foi votado. “É uma medida, que já deveria ter sido tomada há pelo menos uns dez anos, excelente. Com ele, nós vamos ter uma paralisação da atividade pesqueira, tempo suficiente para que os estoques possam se recompor”, lembra o professor.
Além da pesca excessiva, existem outras ameaças, como a construção de usinas e barragens nos afluentes do Rio Paraguai. Mais de 40 já estão funcionando. Um risco grande para os peixes que perdem locais de abrigo, alimentação e reprodução. “Hoje existe a previsão de instalação de mais de 120 empreendimentos hidrelétricos que, caso implementados, podem impactar de forma muito significativa o Pantanal, inclusive com a falência de todo o ecossistema”, diz o procurador da república Wilson Rocha.
A erosão das margens do Paraguai e afluentes é outro ponto que afeta a qualidade da água do rio. A pesca esportiva no Paraguai e seus afluentes é a grande atração do turismo no Pantanal. E ela sustenta outro tipo de trabalho: fomos a Porto da Manga para conhecer os isqueiros, gente que pega a isca que vai ser usada pelos  pescadores.
A principal isca é o peixe Tuvira é estima-se em 2000 o número de coletores dessa isca no Pantanal.  “A tuvira pega pintado, pega todos os peixes de couro”, diz Eliene, isqueira.
A luta pela tuvira começa com uma caçada no mato pra achar cupim. Mas tem que ser o cupim que está nas árvores, que tem bastante bicho. O cupim que está no chão não serve para ser isca de pegar tuvira. Com a isca da isca na bagagem, Eliene e o marido, Adão, chegam ao local do serviço.
A pesca da isca é arriscada pela presença de cobras e porque só pode ser pescada no escuro. Se tudo correr bem, o casal consegue tirar até R$ 200 por noite, mas também pode voltar pra casa de mãos vazias.
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/08/diminuicao-de-peixes-e-problema-grave-na-regiao-do-rio-paraguai.html

Parte dos anfíbios do cerrado pode ser extinta até 2050, diz pesquisa

Mais da metade das espécies de anfíbios existentes apenas no cerrado brasileiro podem desaparecer devido às mudanças do clima e a políticas erradas de uso da terra. A conclusão é parte do projeto “Diversidade de anfíbios no cerrado e prioridades para sua conservação em cenários futuros de mudanças climáticas”, desenvolvido pela organização ambiental Pequi, com apoio da Fundação Boticário.
O estudo, que durou quatro anos e foi parte de duas teses de doutorado da Universidade Católica de Brasília, simulou o ambiente do cerrado em 2050, com temperatura 2ºC acima do normal, de acordo com previsão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Tais características foram aliadas aos modelos atuais de políticas públicas, voltadas para a expansão agrícola na região, com dados sobre o desmatamento do bioma.
Segundo a pesquisa, espécies de anfíbios como sapos e pererecas existentes na região sul do bioma, área que abrange parte de Goiás, o oeste de Minas Gerais, oeste da Bahia e sul do Tocantins, poderiam desaparecer devido à destruição de seus habitats, que são áreas úmidas da floresta ou próximo de lagos ou cursos de água.
“A ausência de locais adequados para sobrevivência e a elevação da temperatura no cerrado fariam esses animais procurar por outras regiões amenas. A região de floresta mais próxima seria a Mata Atlântica, mas este bioma já praticamente desapareceu devido à expansão humana”, disse Débora Silvano, professora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília e coordenadora do estudo científico. “A falta de ambiente adequado deve impactar na sobrevivência das espécies de anfíbios”, explica.
Exemplar de perereca P. berohoca, que existe apenas no cerrado e pode desaparecer devido aos efeitos da mudança do clima e do mau uso da terra (Foto: Divulgação/Paula Valdujo)

Mapeamento
Segundo Débora, foram mapeados no cerrado 204 espécies de anfíbios, sendo que 102 são endêmicas (existem apenas em determinada localidade). Devido aos problemas ambientais citados, ao menos 50% dos animais que vivem somente no bioma desapareceriam, como a perereca P. berohoca e o sapinho B. sazimai.
A população desses animais já pode ter sido reduzida neste ano devido à alta incidência de queimadas no Centro-Oeste, que desde julho sofre com o longo período de estiagem. “Quando é o período de seca, os anfíbios costumam ficam enterrados em camadas úmidas do solo ou mesmo no interior da floresta. Se o fogo atingiu essas áreas, é provável que esses animais tenham sido atingidos”, complementa a pesquisadora.
Outro inimigo da biodiversidade local é o desmatamento. O cerrado brasileiro teve uma área desmatada de 6.469 quilômetros quadrados entre 2009 e 2010, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. O número equivale a uma redução de 15,3% em relação à medição anterior (2008-2009), quando o bioma perdeu 7.637 quilômetros quadrados de área.
Em números absolutos, o estado que mais desmatou foi o Maranhão, com uma área de 1.587 km². Percentualmente, o Piauí foi o estado com maior perda de área – 979 km² ou 1,05% da área de cerrado do estado.
Soluções
O estudo conclui que para evitar a mortalidade de espécies, o governo deve criar sistemas de áreas protegidas conectadas, como unidades de conservação com corredores ecológicos, que possibilitaria a migração desses animais entre fragmentos de floresta.
“Isso evitaria a dispersão de espécies. Os anfíbios não conseguem ir muito longe devido à dificuldade de mobilidade. É preciso que o governo realize planejamentos para evitar o desmatamento do bioma, principalmente na porção sul”, afirma Débora.
Espécime do sapinho B. sazimai, encontrada apenas no bioma que abrange grande parte do Centro-Oeste do Brasil (Foto: Divulgação/Paula Valdujo)

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/09/parte-dos-anfibios-do-cerrado-podem-ser-extintos-ate-2050-diz-pesquisa.html

Aquecimento global pode causar nanismo em mamíferos, afirma estudo

Imagem mostra um cavalo antigo "Hyracotherium" à direita ao lado de um cavalo de hoje em dia

O aquecimento global desencadeado pela atividade humana na Terra pode ter o efeito de encolher o tamanho de certas espécies de mamíferos, causando nanismo nos animais, diz novo estudo conduzido pela Universidade do Michigan, nos Estados Unidos.
Segundo o estudo, a descoberta se baseia no fato já conhecido de que encolhimentos semelhantes ocorreram em duas ocasiões no passado, porém sem a interferência do homem: há 55 milhões de anos, durante o período conhecido como Máximo Térmico do Paleoceno Superior; e há 53 milhões de anos.
Ambos os períodos foram marcados por uma escalada na temperatura global. À época, animais de grupos como o dos primatas e o de cavalos e veados foram atingidos e tiveram suas dimensões corporais reduzidas.
A descoberta foi possível após análise de fósseis de animais que viveram nesses dois períodos.
A observação de dentes e mandíbulas de mamíferos dessas épocas apontaram, por exemplo, que uma espécie ancestral de cavalo já extinta e que tinha o tamanho de um pequeno cão —o Hyracotherium— encolheu em até 30% durante os anos em que a Terra experimentou subida em suas temperaturas.
Para o paleontologista Philip Gingerich, as consequências desses períodos de aquecimento global no passado da Terra levam a concluir que seus efeitos se repetirão caso as temperaturas do planeta voltem a subir.
"O fato de que isso aconteceu duas vezes aumenta nossas suspeitas de que se deram numa reação de causa e efeito, mostrando que um desdobramento do aquecimento global no passado foi uma diminuição substancial no tamanho corporal de algumas espécies", diz o cientista na divulgação do estudo.
Após o estudo, os cientistas concluíram que a diminuição nas dimensões de animais "parecem ser uma resposta evolutiva comum" dos mamíferos aos períodos de calor extremo no planeta e que "portanto, podem ser uma reação natural de algumas espécies a um futuro aquecimento global".
Fonte: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/11/09/aquecimento-global-pode-causar-nanismo-em-mamiferos-afirma-estudo.htm 




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